São tais dos quais o mundo não é digno.
Eles, que eram serrados pelo meio e jogados num tacho de óleo fervendo.
Ou tais como aquele negro norte americano que foi assassinado na sua casa por dizer que 'tinha um sonho'.
A grande maioria deles não vestia ternos, seus pés sentiam a quentura das areias dos desertos e até mesmo desfrutavam da sensação de pisar ondas, mas não tinham travesseiro de penas nem cabides de ouro - eles imitavam Àquele que não tinha onde reclinar a cabeça.
Aquela mulher franzina, que vestia branco e azul e dizia que iria pra lua se lá houvesse alguém que carecesse do Evangelho ou aquele cara que subiu uma montanha, depois de uma viagem de 3 dias para voltar de lá abraçado com o filho na certeza de que aquele era o monte da provisão.
Aquele jovem soldado russo, que não desistiu de compartilhar do que não conseguia guardar pra sí no peito ou aquele que perambulou pela India de pés descalços e sangrentos. Havia um manco americano que desbravou o Brasil na década de 70 por sonhar que naquele país de selva e selvagens de pedra poderia surgir um celeiro de missionários e teve um poeta cantor e seu violão que partiu cedo de encontro Aquele que limpou seus pecados carmesim.
São tais que as pessoas que vivem aqui, neste mundo, não são dignas de viverem lado a lado, mas eles, não sabem disso! Eles viveram pra servir e morreram por viver quando encontraram a morte Naquele que dá a Vida!
Eles vivem sob a pressão da vizinhança, dispostos a continuar mesmo que debaixo da bananeira.
E sem um tostão no banco, fazem planos pra trocar idéia sobre mudar o mundo e vão pra China, pra de lá começar.
Pois são, estes ... dos quais o mundo não é digno.
E eu, muito me orgulho, de poder andar lado a lado com eles
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