Cuba descarta seu retorno para a OEA

O governo cubano descartou, ontem, o retorno à Organização dos Estados Americanos (OEA). Apesar disso, declarou que a decisão tomada no dia anterior pelo grupo, de levantar uma exclusão a Havana que durava 47 anos, era uma “grande vitória”.

Os 34 países-membros da OEA decidiram revogar a suspensão de Cuba, vigente desde 1962, durante a 39ª assembleia do grupo, realizada em Honduras. Porém, o retorno do país estaria condicionado a um “processo de diálogo” com Havana, “em conformidade com as práticas, propósitos e princípios da organização”, uma referência velada aos direitos humanos e à democracia.

Em artigo divulgado na quarta-feira, o ex-líder cubano Fidel Castro qualificou a OEA como “cúmplice dos crimes dos EUA” na região.

– É uma grande vitória para a América Latina e Caribe e para o povo cubano. Põe fim a uma injustiça e a um atavismo pré-históricos – disse o líder parlamentar cubano Ricardo Alarcón, que preside a Assembleia do Poder Popular, apesar de rechaçar a possibilidade de retorno à OEA.

Havana assegurou que não está interessada em ser readmitida na OEA, a qual qualificou de “criminosa” e “lixo”, por ter isolado Cuba durante 47 anos, frente à hostilidade dos Estados Unidos, empenhados em conseguir mudar o regime comunista de Cuba. Alarcón ironizou sobre os “democratas” que aprovaram a suspensão em 1962, ao citar o ditador paraguaio Alfredo Stroessner e os nicaraguenses da dinastia Somoza.

Nenhum comentário: