Cuba discute religião

Encontro comemorativo dos 50 anos da Revolução comunista debate temas como o papel da Igreja diante do socialismo.

No ano em que a Revolução Cubana completa meio século, religiosos buscam mais espaço na ilha comunista do Caribe. Reunidos no Centro de Imunologia de Havana, a capital do país, cientistas de diversas especialidades debateram temas como leis, justiça social, liberdades políticas, migração e religião. A pluralidade de manifestações do catolicismo, a Teologia da Libertação e o papel das igrejas cubanas no diálogo com o socialismo pautaram as exposições do professor Enrique López Oliva e da antropóloga María Faguaga Iglesias. Eles apresentaram seus textos ao som de música cristã. Os dois estudiosos fizeram questão de desconstruir a tese, surgida durante a Guerra Fria, de que o Cristianismo era uma força contra-revolucionária.

Alguns dos cientistas se auto-identificaram como religiosos e outros disseram que tinham conhecimento da Bíblia ou contatos com pessoas cristãs, o que era tabu no pior período da política ateísta do Estado cubano. O evento é parte das comemorações do cinquentenário da instalação do regime comunista, que foi liderado por Fidel Castro até 2007, quando afastou-se do poder por motivo de doença. Desde então, o governo de Cuba está nas mãos de seu irmão, Raúl Castro, que tem anunciado uma distensão. A posse do democrata Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, mês passado, reacendeu as esperanças de uma reaproximação entre os dois países e de mais liberdade para os cristãos cubanos.

:: Fonte: Cristianismo Hoje

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